Especial: Era o melhor dos tempos…

DKC

Pois é, o título desse novo post pode soar um tanto melancólico e saudosista demais não é mesmo? Mas isso aqui não seria um site focado em retro games se não tivesse um pouquinho ( ou muito ) de nostalgia não concordam? Ás vezes eu me pego relembrando de muitas coisas que aconteciam antigamente e que infelizmente a garotada de hoje por mais que tenham acesso a informações em milésimos de segundos nunca vão poder experimentar…
É algo meio triste de se pensar, mesmo que a maioria dos jogadores mais novos de hoje em dia talvez não se importem com isso. Provavelmente muito do que vou dizer aqui já foi dito em outros blogs/sites sobre o assunto pela internet afora mas eu sempre gostei de ver como outros tinham as mesmas experiências que eu então decidi relembrar um pouco da época em que a maioria que aqui frequenta provavelmente passou também. Então preparem o Delorean e vamos dar uma voltinha pelo passado!

Arcades ( Fliperamas )

arcades

Ok, que levante a mão aqui aquele que nunca jogou um arcade, aqui em terras tupiniquins o vulgo fliperama, ou se você era descolado o suficiente “fliper”. Hoje em dia se você abre um site se notícias provavelmente vai se deparar em algum cantinho com coisas como “Ubisoft anúncia MAIS UM Assassin’s Creed” ou “Novo Call of Duty vai retratar com perfeição os poros do corpo dos soldados, algo que óbviamente TODO jogador vai notar enquanto corre pra lá e pra cá dando tiros sem parar”. Mas nos anos 80-90 a coisa não era assim tão difundida…estamos falando daquela época onde ser nerd era algo ruim não é mesmo? Hoje em dia o cara pode ter dois metros de altura, peito cabeludo 90kg de puro músculo definido e namorar uma garota diferente a cada intervalo do colégio que se ele assistir Star Wars, Big Bang Theory ( arrgh ) e jogar FIFA já vai ser um nerd.

Nessa hoje longínqua época onde o significado nerd ainda não havia sido totalmente deturpado só havia um jeito de você ser “legal” mesmo sendo nerd e esse jeito era indo aos fliperamas. É estranho ver que mesmo no japão um país do outro lado do mundo, onde os costumes são tão diferentes dos nossos os arcades (fliperamas ) eram vistos com os mesmos olhos daqui no inicio. Vocês sabem do que estou falando não é mesmo? Sua mãe dizendo “Menino, não vai naquele lugar não que é cheio de delinquente!!!” “Isso ai vai te viciar!!!” “Isso deixa violento sai daí!!!”.

Eu admito que nunca tive muitos problemas, minha mãe realmente preferia que eu gastasse minha graninha ( que ganhava esporadicamente do meu pai, nada de mesadinha ) adquirindo colesterol com pacotinhos de salgadinhos Elma Chips® ou construindo meu diabetes para o futuro com alguns pacotes de bolacha ( Sim sou de SP aqui não tem essa de bishcoito ).
Mas nunca me proibiu de ir aos fliperamas daqui da cidade, apesar de achar o ambiente um tanto “buteco” demais, até mesmo quando os fliperamas NÃO eram em butecos.

"Melhor que Cheetos"

“Melhor que Cheetos”

Pois é outro costume BR para quem não se recorda ou não viveu nessa época, ou viveu mas não frequentava locais assim, era que os arcades muitas vezes ficavam em botecos socados em algum canto e a mulecada tinha que ficar em meio a um bando de beberrões fumantes falando de futebol enquanto jogava seu Street Fighter II…trágico.
Mas como eu ia dizendo, os fliperamas eram frequentados até mesmo pelos caras “descolados” da escola que iam ali para vez ou outra tirar uns contras nos vários jogos de luta da época ( anos 90 foram OS anos dos jogos de luta ). Então se você fosse visto ali por alguma daquelas gatinhas do colégio que adoravam Backstreet Boys e Barrados no Baile provavelmente não seria zuado de idiota ( pois é… ) já que os demais caras “”””””legais”””””” do colégio também estavam ali.

O problema disso? Bom, digamos que se você estava afim de jogar Street Fighter II ou Mortal Kombat e era um daqueles nerds da época provavelmente teria que esperar a boa vontade dos valentões que tinham os bolsos cheios de fichas. Só quando eles estivessem enjoados de surrar um ao outro virtualmente e beber garrafas e garrafas de Coca-Cola® ( Coca-Cola era tipo…a maconha da época ) é que iriam caçar outros valentões para se surrarem de verdade.
Muitas vezes isso acabava sendo bom pois como as máquinas ( como alguns tiozões chamavam os arcades ) mais famosas costumavam estar sempre ocupadas…por mais que colocassem três ou quatro do mesmo jogo, a gente acabava indo jogar algum arcade menos famoso e acabávamos achando alguns jogos legais.

"Essa daí é a tchurma do fliperama, pode entrar que é tudo gente boa."

“Essa daí é a tchurma do fliperama, pode entrar que é tudo gente boa.”

Me lembro até hoje de quando o arcade do primeiro Tekken chegou no salão onde eu jogava aqui, todos os caras ficaram fascinados com os gráficos ultra realistas ( insira risada do Carlos Alberto de Nóbrega aqui ) do jogo e descocuparam quase que todos os outros arcades. Só assim pude perder a vontade no Street Fighter Alpha sem que um cara com mais de um metro e oitenta chegasse dizendo “saí dai, minha vez”. Mas havia outra coisa que podia tirar os valentões descolados das máquinas mais famosas e essa coisa eram os pinballs. As famosas máquinas de rebater bolinhas eram famosas entre os caras mais velhos e você praticamente não via garotos juvenis jogando nelas pois os caras mais velhos se juntavam como um bando de abutres em cima das mesmas. Eu admito que me sentia meio intimidado de chegar próximo, me sentar e algum cara dizer “Você não é legal o suficiente pra jogar no pinball! Volta pros fliperamas!!”

Havia outros agravantes também como o tamanho maior da máquina o que complicava para um garoto menor, as fichas do pinball eram mais caras também E…eu sempre fui horrível nesse tipo de jogo e até hoje sou. Os fliperamas foram o primeiro passo de quase todo garoto “gamer” da época, me lembro até hoje de passar em frente a um salão e ouvir gritos tanto de jogadores quanto dos personagens dos jogos berrando o nome de seus golpes, várias músicas misturadas, sons de pancada e aquelas luzes nos monitores que a cada passo que dávamos para nos aproximar víamos se transformar em imagens coloridas e muito bem feitas no melhor que o 2D poderia oferecer.

Hoje em dia muitos shopping centers tem seus cantos arcades, geralmente um lugar mais “familiar”, bem diferente do que me lembro na época em que eram coisas de “delinquentes viciados”. Sinto falta dessa época, mesmo que meu rico dinheirinho fosse gasto por míseros minutos de diversão era uma época da qual vou me recordar sempre.

"Volta pro Street Fighter!"

“Volta pro Street Fighter!”


Video ( Game ) Locadoras

progames

Essas daqui sim fizeram parte da infância e da adolescência de muitos aqui como eu, tenho certeza. Só para relembrar, muita gente que aqui frequenta ( sim você! ) deve se lembrar que nos anos 80 e 90 comprar um video game era algo complicado. A maioria de nós ainda eram crianças ou adolescentes e não tínhamos trabalho e muito menos dinheiro para investir em um console. Para agravar ainda mais a situação o dólar era sempre alto e a inflação aliada ao baixo salário tornava um sacrifício ter um video game em nossos lares. Muitos de nós recorríamos a uma prática bem comum da época, jogar nas locadoras.

Sim meus pequenos gafanhotos que talvez não viveram para ver esse costume ( que ainda é praticado em menor escala hoje em dia ) nós pagávamos uma certa quantia para ficar X minutos jogando um jogo na locadora. Isso foi muito comum até a era Nintendo 64 e foi gradativamente sumindo a partir do Dreamcast, PS2 e GameCube. Porém voltando ao começo do assunto, se tinha todos aqueles agravantes na hora de comprar um video game, o que os nossos pais ( ou aqueles já mais velhos que tinham algum servicinho de office boy e trabalhavam o dia todo sob sol e chuva pra ganhar 100,00 R$ no fim do mês ) poderiam fazer para além de pagar aquelas “suaves” dez prestações equivalentes 1/3 de todo o salário recebido no mês ainda dar jogos para a gente? Pois é óbvio que um console sem ter jogos não teria graça nenhuma não é mesmo?

Era ai que entravam as locadoras! Além de terem os mais recentes lançamentos em VHS ( não esqueça de rebobinar essa fita ) incluindo os mais fodelescos filmes de ação com caras que na época não eram só pelanca como o Schwarzenegger ( sim copiei do google ) ou tinham cara de boneca de cera como o Stalonne ( Anda cara…como esse queijo ) e até os famosos filmes chupeta da Disney ( sorry galera, eu não gostava do Rei Leão também… ) elas tinham também…games é óbvio! Ir até a locadora era um costume muito comum de todo mundo que tinha video games na época 8-16 bits e não era de uma família muito “favorecida monetariamente” para poder comprar todos os jogos que queria.

"Se você tinha um console nos anos 90 e não era rico, seus fins de semana começavam em um lugar assim"  Imagem "gentilmente surrupiada" do  http://www.comunidademegadrive.com.br "

“Se você tinha um console nos anos 90 e não era rico, seus fins de semana começavam em um lugar assim”
Imagem “gentilmente surrupiada” do
http://www.comunidademegadrive.com.br

Por uma quantia consideravelmente baixa podíamos levar um jogo para casa e jogar a vontade até dar a hora da devolução. Como na maioria das locadoras alugar um jogo no meio da semana significava ter que devolver no outro dia e a maioria dos jogadores da época eram pirralhos e adolescentes e ainda tinham que frequentar a escola havia um outro costume, o de alugar cartuchos aos fins de semana…
Era um bom negócio vou-lhes dizer, pelo mesmo preço podíamos pegar o jogo no sábado ( bem de manhãzinha de preferência esperando o dono abrir a locadora ) e como a locadora era fechada no domingo, devolver só na segunda-feira bem a tardezinha.

Só tinha um porém…geralmente se dormíssemos no ponto e chegassemos tarde na locadora…já era, todos os jogos mais famosos e concorridos haviam sido levados. E qual era a saída? Alugar esse ou aquele título mais desconhecido…o com a capinha menos chamativa…aquele abandonado que ninguém quase nunca alugava a não ser como segunda ou última opção…pois é. Mas as vezes o ditado “a males que vem para o bem” entrava em ação e muitos dos jogos que acabávamos levando só por não ter outra opção se mostravam jogos muito divertidos que talvez não teríamos conhecido se não fosse por esse motivo. Eu por exemplo conheci Demon’s Crest desse jeito…e agradeço muito a quem alugou o jogo que eu iria levar naquele dia antes de mim!

Ir as locadoras também era algo mágico, olhar aquelas várias capas de jogos, principalmente os da era 8-16 bits com as belas ilustrações coloridas estampadas no verso deixava qualquer garoto da época fascinado. Por mais que os gráficos 2D mais simples da época não fossem o suficiente para gerar um mundo vasto e realista a nossa imaginação ao vermos as ilustrações nas capas e manuais dos jogos era mais do que precisávamos para nos sentir ali dentro daquele mundo criado em 2D.

"Ver essa imagem na capa de um jogo na locadora te fazia viajar antes mesmo de jogá-lo."

“Ver essa imagem na capa de um jogo na locadora te fazia viajar antes mesmo de jogá-lo.”

Claro nem tudo eram flores e as vezes havia suas frustrações. Por exemplo quando eu aluguei Boogerman na época em que tinha meu SNES e estava louquinho para jogar ( pois é, na época a gente se animava com QUASE tudo ) mas quando cheguei em casa a energia acabou o dia todo e a companhia elétrica não arrumou o problema até o entardecer…não preciso nem dizer o quão puto irritado eu fiquei não é mesmo? Quando a energia finalmente voltou eu já tinha até mesmo passado pelas três fases do stress infantil, a super irritado ao ponto de sair chutando tudo que vê pela frente, a boca suja onde a gente sai xingando todos os palavrões que aprendemos nos CDs do Ari Toledo e leva um tapa da mãe e a terceira e última, a fase do choro onde mostramos toda nossa masculinidade chorando quietos em um canto e engolindo toda a ira de antes.

Em outra ocasião lá estava eu super feliz com mais três amigos acabando de alugar um cartucho do Super Metroid e levando-o para casa. Amigos, acho que eu estava mais feliz e excitado naquele dia do quê se a Sharon Stone da época do Instinto Selvagem tivesse aparecido na minha frente e me convidado para tomar um banho com ela. Mas err, isso não vem ao caso! O negócio é que assim que chegamos em casa e coloquei o cartucho no Video Game com toda aquela vontade “AGORA EU VOU JOGAR SUPER METROID!!!” nada apareceu na tela…ok pode ter sido um simples problema ali no conector é só assoprar e pronto. Mas não…não importa quantas vezes eu assoprasse o jogo nunca iria funcionar, terminou que o cartucho estava estragado mesmo…

Noooo

Mas nós éramos jovens e nada poderia abalar o espirito de um garoto disposto a conseguir o que deseja não é mesmo? Isso foi o que os JRPG’s me ensinaram! Acabou que um desses amigos de infância meu tinha conta em outra locadora ( onde eu não tinha ) beeem mais longe da minha casa. Pois bem, devolvido o cartucho ferrado para a outra locadora fomos até a dita cuja onde esse amigo tinha conta só que…nuvens negras se formaram no céu…

Quando moramos no interior uma coisa que temos que ter certeza sempre é, o tempo é maluco e chuvas podem vir a qualquer momento. Terminou que naquele dia veio uma verdadeira tempestade, as ruas estavam desertas e apenas nós três corríamos ali contra o vento para o que? Alugar o bendito cartucho!
Quando por fim chegamos a locadora, por sorte Super Metroid estava disponível e por azar nosso…assim que esperamos a tormenta passar e saímos da locadora…a chuva voltou a cair e chegamos em minha casa pesando uns 20kg a mais que o normal devido a como nossas roupas estavam molhadas. Pois é. Passado o susto de minha mãe que já nem se espantava mais com esse tipo de coisa, e após nos enxugarmos finalmente o jogo estava funcionando!

Yes! Yes!

Yes! Yes!

Foi assim durante muito tempo, até que adquiri um Nintendo 64 usado. O Nintendo 64 era o console concorrente da Big N ao sucesso do PSone da Sony. A diferença era que o console da Nintendo ainda usava os velhos cartuchos como mídia ou seja…enquanto a turma do Playstation estava jogando dezenas de jogos comprados legalmente em lojas especializadas do ramo a 5,00 R$ cada um…a galera do N64 ainda estava recorrendo as velhas locadoras.

Nessa época devido ao íncrivel modo multiplayer com quatro jogadores do Nintendo 64 a gente devia escolher entre levar um jogo legal para jogarmos sozinhos…ou agradar a galera com os famosos games multiplayer do console. Se levássemos um jogo para um jogador, provavelmente nos divertiriamos bastante, mas e os amigos? Ficariam chupando o dedo…pois é, a época do Nintendo 64 foi a época do “alugar jogos multiplayer”. Me diverti muito jogando Perfect Dark ( esse tinha um belo modo para 1 jogador também ) Mario Party, Mario Kart, 007 entre outros. E pelo menos aqui não era dificil achar pessoas com um Nintendo 64 então não faltavam joysticks! É até estranho ver como o N64 era popular por essas bandas mas enfim…o que me marcou muito naquele console foram as jogatinas multiplayer. Com certeza o Nintendo 64 foi o melhor console para isso.

Haviam algumas maçãs podres na história das locadoras também. Vez ou outra algum espertinho tentava sair por cima, como é o caso de um antigo conhecido meu que um dia trocou o chip interno de um cartucho por outro. A pessoa que alugou o jogo em seguida óbviamente voltou até a locadora reclamar que havia alugado The Legend of Zelda: Ocarina of Time mas na verdade havia recebido um GoldenEye 007 dentro da carcaça do cartucho. Ok…o dito cujo que havia alugado o jogo antes da pessoa que reclamou foi devidamente rastreado pela locadora e após levar um fumo colossal da dona da locadora ficou impedido de alugar jogos ali pelo resto da vida.

"Alugou Zelda mas levou GoldenEye? Alguém andou aprontando com os cartuchos da locadora..."

“Alugou Zelda mas levou GoldenEye? Alguém andou aprontando com os cartuchos da locadora…”

Após o fim dessa geração e a chegada do PS2 o costume de ir as locadoras foi morrendo e então isso chegou ao fim. Mas guardo com muita alegria as lembranças dessa época. As coisas podem ter mudado, as pessoas podem ter mudado…mas as lembranças sempre existirão.

"As tardes de diversão e amizade nunca vão ser esquecidas."

“As tardes de diversão e amizade nunca vão ser esquecidas.”


Revistas de video game

VideoGame #01

Aaah as antigas revistas de video game! Se tinha um objeto que nos fazia ter uma relação de amor e ódio no mundo dos jogos eram essas benditas revistas! Isso provavelmente, todos vão concordar.
Hoje em dia se a gente quer informação de algum novo lançamento é só ir no google e digitar por exemplo “Assassin’s Creed 2568: Starship Chronicles in the outer space – Chapter II: Cyber Ezio Strikes Back” e pronto teremos no mínimo ( e realmente bota mínimo nisso pois estou sendo legal ) uns 2.500 sites nacionais e mais 10.000 internacionais falando sobre o jogo. Assim fica fácil conhecermos tudo sobre a produção, ficar por dentro do andamento do jogo e até mesmo já saber o final ANTES mesmo dele ser lançado…as maravilhas da internet!

Mas a alguns bons anos atrás ( não tô afim de estipular pra não me sentir velho! ) a coisa não era assim tão mamão com açucar não. Tudo que sabiámos sobre futuros lançamentos no mundo dos games vinham das revistas da época. Até mesmo para sabermos de jogos que já haviam sido lançados dependíamos delas as vezes já que a quantidade de informação sobre jogos era escassa e se não fosse pelas revistas teria que ser pelo boca a boca mesmo. Nessa época existia uma boa quantidade de publicações aqui, Video Game, Ação Games e Super Game Power eram algumas delas.

 No canto inferior esquerdo: "Grátis um cartaz lindão!"  Err...não, obrigado.

No canto inferior esquerdo: “Grátis um cartaz lindão!”
Err…não, obrigado.

A parte ruim da coisa começava quando folheávamos as páginas da edição “desse mês” delas. Vamos supor que você assim como eu não era fã de Mortal Kombat…sim, eu fiz uma revelação! Sou um dos únicos caras do universo a não gostar de Mortal Kombat! Não conseguia engolir aqueles personagens retirados de modelos reais de pessoas, a coisa toda parecia brega demais para mim…e junte a isso o fato do jogo ter um MALDITO botão de defesa aaargh! É tão simples se defender só colocando para trás mas NÃO…vamos inventar a porra de um botão de defesa…mentes brilhantes! Não me levem a mal eu jogo e até me divirto com Mortal Kombat…mas não era O jogo sensação para mim que preferia muito MUITO mais Street Fighter mesmo.

Mas por que eu revelei tudo isso agora, qual a relação com o assunto? É simples, se você era um cara que não curtia Mortal Kombat e comprava uma dessas revistas QUASE SEMPRE tinha que engolir 40 das 100 páginas da mesma recheadas APENAS com Mortal Kombat…era um porre!! Você só queria ler sobre um jogo novo ou sobre aquele game que você curte mas não…era Mortal Kombat! Mortal Kombat! Mortal Kombaaaaaaat!!! “Aprenda a dar todos os golpes em Mortal Kombat” na próxima edição “Aprenda a dar todos os Fatalities em Mortal Kombat” “Aprenda todos os segredos de Mortal Kombat”

"MORTAL KOMBAAAAAT!!!"

“MORTAL KOMBAAAAAT!!!”

Quando finalmente a “vaca” do Mortal Kombat já tinha sido sugada até a última gota de leite de sua teta…lançavam algum joguinho escroto de futebol e bom…Here we go again!!!
“Mas Tiago, você só está reclamando por que não gosta desses jogos, se eles falavam era por que a maioria curtia eles!” Sim, você está certo e eu sei disso, mas para MIM não deixava de ser um porre. Mas essa não era a única parte “ruim” das revistas de video game da época. Até a era 16bits com a feroz competição entre Super Nintendo e Mega Drive ( se você gostar muito de hamburger “Genesis” ) o espaço para os jogos era bem diplomático nessas publicações, se você tivesse um Mega Drive estaria satisfeito, se tivesse um SNES estaria igualmente satisfeito, mostravam os bons lançamentos deles, dicas para os jogos das duas plataformas e tudo mais que uma revista de video games faz.

"A capa pode não ser bonita, mas o conteúdo agradava!"

“A capa pode não ser bonita, mas o conteúdo agradava!”

Mas então veio os 32 bits, Sega Saturn e Playstation ( o 1 ) e um pouco mais a frente o Nintendo 64, que apesar de ser uma máquina com o dobro de potência competia diretamente com uma que tinha metade. Essa “era” foi terrível para quem comprava revistas de video game e não tinha um Playstation, já que 90% das páginas eram sobre jogos para o Playstation, 5% sobre jogos do Nintendo 64…e 5% eram propagandas de tênis, albuns de figurinhas e achocolatados… tudo que era radical nos anos 90. Ai você me pergunta “E o Sega Saturn”…bom ele tinha seu espaço vez ou outra com lançamentos como House of the Dead e Panzer Dragoon…mas era algo tão raro quanto encontrar alguem que ache aquela sua vizinha que anda com shortinhos colados pra cima e pra baixo e te diz “Oiii hihi” na rua uma “menina direita”.

O Nintendo 64 por sua vez não ficava muito atrás, só tendo algum espaço quando um jogo da própria Nintendo era lançado como Mario 64 e Zelda Ocarina of Time, nessas ocasiões sempre havia uma edição voltada quase que completamente para o jogo com coisas como “Encontre todas as estrelas” “Encontre todos os pedaços de corações” e etc; Infelizmente as revistas pareciam só valer a pena para os donos do console da Sony que viam lançamentos atrás de lançamentos e deixavam os camelôs cada vez mais ricos. Se você tivesse um Nintendo 64, teria que torcer para a Nintendo lançar algum best seller para ver seu console ali e se você tivesse um Sega Saturn bom…você gosta de Toddynho não?

"Da pra notar a diferença de espaço entre os jogos de PSone como Tomb Raider e Metal Gear, e os de Nintendo 64 com Nascar e Sega Saturn com Pocket Fighter logo na capa."

“Da pra notar a diferença de espaço entre os jogos de PSone como Tomb Raider e Metal Gear, e os de Nintendo 64 com Nascar e Sega Saturn com Pocket Fighter logo na capa.”

Para mim isso exemplifica bem o que foram as revistas de video games, ok eu gostava bastante quando as edições eram equilibradas e podiámos ver bastante jogos novos interessantes que apareciam em uma pequena fotinha de péssima qualidade escrito “Vai ser lançado no japão TALVEZ um dia apareça por aqui” e ali…era a última vez que ouviamos falar sobre tal jogo. Pois é…me lembro de ver em uma dessas revistas o remake de Dragon Quest III para SNES, havia uma foto, uma legenda e uma matéria de no máximo 5 linhas que me deixou mais satisfeito do que a revista toda.

Mas era triste saber que naquela época eu nunca mais veria aquele jogo. Também passei por isso quando ví uma pequena matéria falando sobre Samurai Shodown RPG que seria lançado para o Neo Geo, aquilo me deixou eufórico! Eu quase sonhei com aquele jogo…a informação era tão escassa, havia apenas uma foto…mas aquele jogo ficou na minha mente ATÉ HOJE! Inclusive procurando pela net a um tempo atrás ví que um grupo ( ou um cara só ) estava tentando traduzí-lo…eu queria tanto aquele jogo! E ainda quero! Vou torcer para que completem o patch e enfim eu possa jogar esse maldito jogo que me atormenta desde aquela época!

Muita gente ainda fazia uso dos vários guias que vinham a cada nova edição de uma revista. Nesses guias chamados no Brasil de “detonados”…até hoje não entendi direito o por que; Os editores revelavam os caminhos corretos a serem seguidos, localização de itens, upgrades e etc, e como derrotar os chefões. Praticamente o que os faqs e videos de jogos do Youtube fazem hoje em dia.

"Uma super dica recorrente dessas revistas era: Atire no chefe até ele morrer" Protip!"

“Uma super dica recorrente dessas revistas era: Atire no chefe até ele morrer” Protip!”

Por bem ou por mal, as antigas revistas de video game eram a nossa única fonte de informação. Como diz o ditado “Ruim com elas…pior sem elas”. Eu detonei tanto que parece que não gostava dessas publicações quando na verdade eu as adorava! É que precisei desabafar um pouco sobre isso…qualé? Todo mundo tem que se abrir uma vez ou outra não é mesmo?! Não me olhem com esses olhos!

Essas revistas até mesmo faziam um bom serviço para a comunidade “gamer” da época, oferecendo um espaço onde o cara podia fazer uma propaganda no melhor estilo Mercado Livre “Vendo esse Mega Drive SUPER RARO ÚNICO NO MERCADO!”. Ou até mesmo procurar trocas com outros leitores oferecendo os jogos ou consoles que tinha em troca de novos, isso devia ser uma mão na roda para muita gente, não que eu tenha feito uso disso.

E como nos esquecer das famigeradas sessões de cartas dos leitores não é mesmo? Eram nelas que viámos perguntas como “Meu Master System vai rodar cartuchos de Mega Drive?” “Se eu comprar um adaptador consigo rodar jogos de NES no meu Atari?!”…todas respondidas de forma muito séria pelos redatores da revista…eu não conseguiria. Sério.

"Rolos e Trocas: Veja os bons negócios" Nem parece algo que estaria escrito em uma revista de video games!

“Rolos e Trocas: Veja os bons negócios”
Nem parece algo que estaria escrito em uma revista de video games!

Bonus Stage!

sonic bonus

Eu diria que os anos oitenta e noventa foram sem dúvidas os mais mágicos para quem gostava de video games. Não estou dizendo que tenham sido melhores que hoje…embora realmente tenham sido! Mas foi neles que a nossa inocência e falta de informação nos divertiu muito mais do que jamais nos divertiremos hoje em plena era da informação digital. Os boatos ouvidos de amigos em fliperamas ou locadoras sobre aquele personagem secreto que só aparece após você zerar o jogo todo dando noventa e nove cambalhotas a cada round, sem levar nenhum golpe e vencendo o último chefe com a energia em exatos 98% pareciam bem menos ridículos naquela época.

Aquele seu amigo espertão que usava game shark e depois vinha se gabar de como tinha 99 daquela espada ultra rara que só existe uma no jogo, ou pior tinha 99 de um espaço vazio no inventário. Noites perdidas para terminar aquele jogo que você tinha que devolver amanhã após a aula na locadora, ou então aquele jogo que por irônia do destino não salvava mais o progresso obrigando-nos a deixar o console ligado dia e noite torcendo para que não caísse a energia ou que a sua avó não puxasse a tomada com o andador.

Os antigos albuns de figurinhas a qual a gente nunca conseguia completar sem conhecer um amigo que tinha um parente que trabalhava na fábrica delas. Os antigos pôsteres que as revistas da época davam de brinde e que enchiam nossas paredes, deixando nossas mães fulas da vida…
Os velhos cadernos com anotações de golpes, biografia de personagens de jogos de luta e demais rascunhos que muita gente tinha. No meu caso era um caderninho recheado de passwords dos games que eu jogava; fora uma ou outra ilustração. As aulas perdidas em pensamentos onde as provas eram o que menos importava e tudo que queríamos era ouvir o sínal tocar e ir direto para casa passar aquela fase onde havíamos empacado na noite anterior.

"Você nunca conseguiria completar."

“Você nunca conseguiria completar.”

A alegria de estar “doente” e poder faltar da escola só para evoluir seu grupo em algum RPG que alugou. E ainda assim não conseguir terminar o jogo e ver na outra semana que algum idiota o alugou só para apagar seu save. Tantas lembranças, divertidas, engraçadas…frustrantes. Com certeza quem viveu nessa época sabe bem de tudo que falei. E quem não viveu, espero que tenha gostado de ver um pouquinho mais de uma época tão diferente da que vive. Trate de deixar no hoje, lembranças tão boas para o amanhã.

E pra finalizar deixo o restante do trecho que usei de título para esse post. Espero que todos que acompanharam tenham gostado!

“Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos, era a era da sabedoria, era a era da ignorância, era época da fé, era a época da incredulidade, era estação da Luz, era a estação da Treva, era a Primavera da esperança, era o Inverno do desespero, tínhamos tudo à nossa frente, não tínhamos nada à nossa frente, íamos todos directos para o Paraíso, íamos todos directos no outro sentido, era um período tão parecido com o presente, que algumas das suas mais ruidosas autoridades insistiam ser recebidas, para o bem ou para o mal, apenas no grau superlativo de comparação.
A Tale of Two Cities – Charles Dickens

Ah…e antes que eu me esqueça:

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24 respostas para Especial: Era o melhor dos tempos…

  1. Que texto curto.Mal comecei a ler e ja terminei. Tem nostalgia saindo a rodo aqui xD.
    Fliperamas: acho que nunca pisei em um(pode apedrejar)
    Locadoras: Bom , eu não alugava fitas pro meu SNES, mas ia jogar numa locadora por tempo, la residia um dos meus maiores desejos cartuchescos, qu era bomberman.Adorava çaporra xD.
    Revistas:Acho bem legais as revistas quando elas cobrem alguns lançamentos de jogos desconhecidos, eu ainda baixo a nintendo power só pra ver que lançava pra ele na época, tanto NES cmo SNES.
    Texto fodão =]

    • Tiago Steel disse:

      Hahaha, é a nostalgia bateu forte em mim enquanto escrevia mesmo, álias escrevi o texto dentro de uma enorme “aura de nostalgia” XD
      Cara, eu não vou te apedrejar por não ter frequentado um fliperama MAS…sinto pena viu, era uma torração de dinheio foda mas era divertido pra caramba.
      Joguei um tempo em locadoras também, mas foi mais na época do Nintendo 64 antes de pegar o meu. Pena que depois que o tive ví que na verdade o console só valia mesmo a pena pelos multiplayers…ok ele tinha Mario 64, Zelda etc; mas a quantidade de jogos para um jogador era bem menor do que os multi.
      Cara eu também queria achar um site com Nintendo Powers pra baixar, parecia ser uma ótime revista até onde ví delas. Mas eu gostava pacas das que saiam por aqui também EMBORA como citei desse foco demais a jogos que eu achava manjados demais hehehe.
      Valeu pelo elogio meu velho, fico feliz que tenha curtido o post!

  2. Cosmão disse:

    Belo texto amigo Tiago Journey (posso chamá-lo assim?), me sinto uma pessoa sortuda por ter vivido todos esses momentos, desde a época do Atari até os dias atuais. Acho que muito do meu gosto por retrojogos vem por conta disso, somente quem viveu aquilo poderia conseguir jogar um game como Alex Kidd até o fim com um sorriso na cara!

    Sinto saudades de quando matava aula pra jogar na saudosa Pirafliper, aqui em Piracicaba. Eram fichas e mais fichas no jogo dos Simpsons (aquele beat’n up), ou no Bust a Move (o puzzle com os dinossaurinhos da Taito), como era bom!

    Eu lembro que eu alugava toda semana o Phantasy Star IV até conseguir a proeza de terminá-lo em dois dias (sábado e domingo), pra não correr o risco de perder o save. E na outra semana realugava o mesmo cartucho, só pra ver se alguém tinha jogado durante a semana e se meu save ainda estava lá hehehe!

    Com o Saturn não foi diferente, descobri Resident Evil e Tomb Raider nesse querido console da Sega. Aliás, a Sega tem uma história íntima com meu passado gamer, pois sempre tive consoles dela, desde o Master até o Saturn, então, praticamente respirei o trio Master/Mega/Saturn de 1990 à 1997.

    Valeu pelo post, consegue arrancar lágrimas de quem viveu aquela época!

    • Tiago Steel disse:

      Opa, Grande Cosmão, que legal te ver deixando um comentário aqui chapa. Pode chamar sim cara, tranquilo…ficou um pseudônimo legal “Tiago Journey” haha.
      Cara eu também sou assim, me sinto muito sortudo por ter vivído boa parte de toda a história dos video games, ok…ainda estou nos meus 25 anos então não peguei a era Atari. Mas do NES pra frente consegui aproveitar muita coisa. E realmente, só quem viveu naquela época sabe como era jogar games tão cabeludos e ainda conseguir terminar sorrindo! Muitos dos games que terminei quando muleque acho que não conseguiria mais hoje em dia…a persistência que eu tinha naquela época era bem maior.

      Cara eu frequentei MUITO os fliperamas, era tipo…sagrado pra mim ir sempre que tivesse moeda nos bolsos, ia muito bem depois das aulas ou de tardezinha. O que eu curtia mesmo era Cadilac’s & Dinosaurs, Captain Commando, Final Fight, Street Fighter II…que tempos cara! Mais pra frente vieram Metal Slug, Marvel VS Capcom, Street Fighter Alpha, Darkstalkers…eu só fui parar de jogar fliperamas mesmo quando começaram a pipocar Tekken ( o primeirão ) e coisa e tal..até por que já estavam ficando de lado aqui na cidade então os salões fechavam e coisa e tal…triste cara.

      Alugar RPG era triste mano, me lembro de em pleno domingo estar me matando pra terminar Super Mario RPG, pois eu tinha quase certeza que se devolvesse apagariam meu save! Até mesmo Final Fantasy Mystic Quest eu terminei alugado. FINAL FANTASY MYSTIC QUEST cara!…A coragem que a gente tinha naquela época hahahaha.

      Saturn eu infelizmente tive pouco contato, jogava de vez em quando na casa do primo de um amigo meu, e curtia os jogos que ele tinha. Mortal Kombat, Bug Too!, Virtua Fighter, Fighters Megamix, Virtual On…mas é um console que realmente aproveitei bem pouco pois nunca tive. Um dia ainda pego um só pra jogar Panzer Dragoon, Shining Force e Guardian Heroes.

      Que bom que tu curtiu o post cara, fiz realmente pensando em todos nós que vivemos naquela época. Os tempos são outros, os anos passam mas as lembranças…essas são pra sempre meu velho.

  3. mais um post Tiago, e pela cara, parece que promete.

    ah, os fliperamas. quantas fichas gastei em Zed Blade, Blazing Star, Metal Slug 1 e 2( a partir do 3 virou palhaçada), alguns KOF da vida, as Samurai Shodown 3 e 4 (os melhores da franquia) Cadillacs and Dinossaurs,Xmen VS Street Fighter, Marvel VS Street Fighter…e bom que aqui em Recife, ficha era 10 centavos! acredite se quiser. sobre os caras que ficavam nas máquinas, olha, nenhum me intimidou para dar a ficha. mas sim, ia num jogo que não sabia jogar (os de luta, SEMPRE os luta) e o sacana botava versus só pelo prazer sádico de tirar a minha ficha e daqueles que não sabiam jogar como Kizuna Encouter, os fodasticos Fatal Fury Real Bouts ou Double Dragon. isso desanimava mais do que a dificuldade de jogo em si. só raramente quando não tinha ninguém por perto que me arriscava a por uma ficha. e o engraçado Tiago é que não conheci nenhum meliante ou drogado nesse lugares que nossas mães insistiam em haver gente perigosa. mas vi um monte desses sujeitos nos cursinhos que frequento e no meu trabalho….irônico não?

    as locadoras de games devem ou deveriam fazer parte oficialmente da história dos anos 90 em algum livro ou documentário. boa aquela época onde em cada bairro em qualquer esquina se achava uma locadora dessas. de grande ou pequeno porte. geralmente o pessoal daqui chamava a loja ou local pelo nome do dono. aqui foi Zelto,Nal,Sônia,Cal, Seu Ramos…só um ou outro que era realmente uma locadora de vídeo e de jogos que chamavamos pelo nome da loja. quando garoto assim como muitos, guardava meu dinheiro do lanche para jogar umas horinhas 50 centavos eram o suficiente para jogar 1 hora de SNES ou Mega (se a locadora tivesse o console…pena que não vi muitas com ele) 1 Real, jogos de PS1 ou N64 e até mesmo Dreamcast e mais do que isso em PS2…mas nessa época, não era mais tão divertido ir a esses lugares. mas na época não tinha foco num game só. eram tantos jogos, que me sentia obrigado a experimentar todos. só tive o foco de pegar tal jogo e zera-lo, quando descobri Zelda: a Link to the Past. mas era dificil, pois todo mundo apagava o arquivo um do outro. e quando joguei FF8, aí que peguei o gosto de zerar os jogos. e na parte de locar algum jogo, era mais o N64 que tinha aqui. Turok 2, Pokémon Stadium ,que fora uma febre monstruosa no meu bairro, World Driver Championship, o melhor jogo de corrida do N64…depois do Mario Kart ao meu ver entre outros. e sim cara, já passei pela frustração de alugar uma bomba para o meu N64…e perder Sábado, Domingo e Segunda…

    Blast Corps….vai para !#@# que @#@$ os produtores que fizeram esse jogo.

    desculpe Tiago, mas esse projeto ruim de game….meu pai do céu me dê forças. foi realmente um fim de semana perdido.

    mas também aluguei um porque a maioria levou os bons jogos e descobri um legal, porém ignorado e até mesmo ficam com preconceito dele, que é o Yoshi Story. que a galera fã de Yoshi Island do SNES o esculhacha.

    e realmente o N64 era otimo em multiplayer. prefiro mil vezes a qualquer hora ou lugar uma partida de 007 ou Perfect Dark do que desses CODBO2 e BF3. tudo bem que é um avanço dos multiplayer do passado, mas não tem a camaradagem com os amigos de antes. antigamente era todos seus amigos (ou inimigos) na sua casa, para ver quem era melhor. com lanches, guaraná,risos, muita zoação…cara, isso não tem preço. hoje, se quiser interagir num game desses, é cada um ir para sua casa, marcar um momento para jogar, que convenhamos, nem todo mundo vai ter o mesmo jogo e mesmo assim, a sensação NUNCA vai ser a mesma.

    e as revistas…Ação Games,Game X, Gamers, Super Game Power..cara queria ter sido menos viciado em gastar minhas economias nas locadoras e investido um pouco nessas revistas. e olha que na época eram bem mais baratas que hoje em dia. tinha até uma que custava apenas 3 reais…e se comparamos com o contéudo das antigas contra as atuais, as novas não tem metade da graça de lê-las. não sei se é o modo como os editores põem as matérias ou se os jogos ultra-badalados de hoje não me interessam quanto os de antigamente. até mesmo porque como você falou, se quisermos saber de algum game desses, basta ver na internet. é tanta informação que até cansa.

    dessas a Gamers é a que tinha mais informação, mas para muitos, a Ação Games era a poderosa! e se não fosse pelos posters, não valia metade de uma Super Game Power.

    Tiago, parabéns. esse post considero de longe, o melhor que você já fez. seus post antigos são foda, mas esse foi foda bagarai.

    • Tiago Steel disse:

      E ae Leandro, beleza velho? Bom te ver aqui mais uma vez. Pô tive que tirar um bom tempinho pra ler esse seu comentário hahaha. Eu sabia que quase todo mundo ia se identificar com esse post mesmo, como eu disse pro Cosmão, fiz pensando em todos nós.

      Cara gastar fichas em fliperamas era o que eu mais fazia na minha infãncia, aqui elas não custavam assim tão barato não, eram 25 centavos mesmo. Aqui também nunca aconteceram coisas do tipo o cara te ameaçar só por ser mais velha pra pegar suas fichas e tal, era tudo até que bem civilizado, até por que caso contrário o dono botaria o valentão pra fora…
      Mas a gente acabava por se sentir intimidado as vezes pois eu pelo menos era bem mais muleque do que muitos marmanjos que iam lá hahaha. Quanto ao lance ai que tu disse…acho que dificilmente conheceriamos um drogado naquela época cara, as drogas eram tipo coisa de gente “ruim” hoje em dia é coisa de gente descolada. Naquela época até mesmo os mais marmanjos meio que tinham medo de usar esse tipo de coisa, e os que usavam faziam sem ninguém descobrir pois era uma coisa muito mais marginizada do que hoje. Já hoje o cara faz questão de mostrar pra deus e o mundo que usa drogas “Olha como eu sou LEGAL! Fumo maconha!!!”…infelizmente é essa a “evolução” da sociedade né chapa. E se tu disse que viu muito esse tipinho nos cursinhos…veja só nas faculdades.

      Cara as locadoras eram um verdadeiro templo pra todo mundo que tinha video game antigamente, a gente NUNCA ia conseguir comprar todos os jogos que queriámos jogar. Então o jeito era trocar, emprestas com os amigos…ou a locadora mesmo! Também joguei muito em locadoras até a época do PSone por exemplo, comecei a jogar nelas na época que os arcades daqui estavam fechando JUSTAMENTE pelo povo preferir jogar em locadoras onde o tempo era garantido. No fliperama a gente nunca sabia quantos minutos nossas fichas iam dar né…
      Quanto ao lance de alugar jogos ruins, aconteceu comigo algumas vezes MAS…eu gostei de Blast Corps haha, não é nada de outro mundo mas me divertiu quando aluguei. Na verdade eu aluguei bem mais jogos ruins na época do SNES mesmo onde eu peguei até aqueles jogos baseados em filmes…puta merda um pior que o outro. Eu também curti o Yoshis Island do Nintendo 64, mas ele é fácil demais pô…tem como recuperar sua energia constantemente na batalha contra o último chefe! Aquilo é mais fácil que Kirby.

      Aaaah o multiplayer do Nintendo 64, quem viveu naquela época sabe como era bom cara…juntar quatro amigos, quatro controles em uma sala e jogar sem parar. Não importava o jogo se tivesse multi para 4 jogadores a diversão estava garantida! Aqui também rolava isso…refrigerante, um lanche hahaha…saudades disso ai cara. Por mim eu juntaria a galera pra jogar até hoje, mas infelizmente quase todos os meus amigos daquela época hoje em dia já não querem mais saber de video game, ou só jogar esporadicamente…estão mais interessados em outras coisas.

      E sobre as revistas de video game de hoje, é verdade eu ainda compro uma ou outra as vezes, mas quanto mais profissionais ficam, mais sem graças ficam para mim. As antigas tinham aquele ar de inocência, e até de amadorismo as vezes…isso as deixavam divertidas. Os caras faziam mais piadas, você via que muitas vezes os textos eram coisas mais “de amigo pra amigo”. Hoje é tudo meio profissional demais, fica meio cansativo de ler…as revistas sobre PS3 e XBOX então…são quase insuportáveis analisando os gráficos dos jogos e coisa e tal de uma maneira técnica demais “shaders” “texturas” e mimimi…não dá pra mim.

      Valeu mesmo pelo elogio cara, tu acompanha meu blog faz tempo então se está dizendo que foi o melhor post até agora vou acreditar mesmo haha.

  4. Tiago Steel disse:

    Alexsander Angelo

    Valeu pelo link das revistas velho! Eu sempre tive curiosidade de ler algumas publicações gringas mas não lembrava de procurar, tu me poupo até o trabalho, valeu mesmo!
    Engraçado que eu conheço esse site mas nunca tinha visto as revistas por lá!

  5. Gamer Caduco disse:

    Começo meu comentário rindo disso daqui: “Novo Call of Duty vai retratar com perfeição os poros do corpo dos soldados, algo que óbviamente TODO jogador vai notar enquanto corre pra lá e pra cá dando tiros sem parar”… huahuahuahuahuahuahuahuahu! Cara, como é difícil convencer a galera fissurada por tecnologia que isso não é o que realmente importa em um game. É legal de ver em algumas ocasiões, mas cansei de ver mais do mesmo com esse tipo de inovação. Bom, deixa pra lá, não quero perder o foco do texto, é só que realmente concordo contigo que isso é totalmente dispensável.
    Gostei da referência aos “nerds populares”… o cara nunca sofreu bullying (palavra da moda) na vida por ser um “CDF” (lembra?) e se acha um nerd pq ele assiste TBBT… fala sério, né? Não que eu seja um nerd, mas acho isso patético anyway! Naquela época ser CDF era uma ofensa e não moda. Moda geek… afe!
    Bom, indo ao assunto…
    Os fliperamas… ah, os fliperamas… e lembrar que eu era um daqueles moleques mirradinhos e magrelos que mais passavam vontade de jogar do que jogavam, pq realmente sempre tinham os valentões que dominavam e se vc se arriscasse a jogar no meio deles, ficava levando petelecos na orelha. O jeito era assistir e torcer pra uma hora eles irem embora. Ou fazer o que vc falou, escolher uma máquina que já tinha caído no esquecimento ou era menos famosa. Que engraçado lembrar disso, acho que fazia tempo que eu não tinha essa lembrança. Sempre lembrava mais dos jogos, seu texto me lembrou disso e, por mais estranho que pareça, sinto saudade disso! Ainda era uma época mágica!
    Os pinballs eu nunca joguei tanto, não sei dizer o pq. Acho que também era intimidado pelos caras mais velhos. Era dureza ser um “nerd” naquela época. Entre aspas pq eu realmente não me considero um. Enfim, quanta diferença pros dias atuais.
    Locadoras… minha nossa… LOCADORAS!!!!!! Que gamer daquela época não frequentou uma, nem que fosse só pra ver os caras jogarem ou só pra alugar aquele cartucho que ninguém nunca pegava pq todos os outros já haviam sido alugados? Esse era um dos jeitos de jogar os jogos e especialmente os consoles que a gente não tinha por ter o console rival ou uma geração antes. Que doce lembrança. Lembro que na época que tinha (ainda tenho) o Mega eu queria muito jogar Street Fighter 2, vira e mexe ia na locadora perto da casa da minha avó jogar meia horinha no SNES. Sempre aparecia alguém querendo jogar junto e eu sempre odiava, pq queria tentar terminar com todos os personagens! hahahaha! Que outra ótima lembrança!
    E vc falou o lance de alugar no sábado, ficar esperando o dono da locadora abrir, isso era uma verdadeira batalha. A locadora perto de onde morava deixava alugar na sexta a noite valendo o esquema do fim de semana, mas era difícil convencer meu pai a ir nesse momento. E era nele que os melhores jogos eram alugados, no sábado de manhã já não tinha mais os top, mas ainda tinha os bons. Era complicado. Mas era bacana! Que legal que vc conheceu Demon’s Crest desse jeito, realmente não era um título famoso e é um baita jogo! Verdade o que vc falou, eu acabei conhecendo coisas bacanas por conta disso, tipo El Viento e Alisia Dragoon do Mega.
    As três fases do stress infantil foi foda! ahahuahuahuahuahu
    Em tempo: finalmente descobri alguém que não é tão fã de Rei Leão, pensei que eu era o único! huahuahua
    Os chips trocados eram muita mancada, eu cheguei a alugar um, mas não consigo lembrar quais foram os jogos envolvidos. Pra variar, era “fita” de Mega Drive. Vc conheceu alguém que fez a sacanagem então? Bom é que ele recebeu o que merecia.
    Opa, revistas, outro assunto que traz saudade… não liga, eu vou escrevendo o comentário enquanto vou lendo, por isso saem esses textos enormes! huahuahuahu
    Como é bom e ruim a gente viver na era da informação hj… esse lance de saber tudo sobre o jogo muito tempo antes gera muita expectativa e frustração, eu ultimamente tenho fugido de notícias de jogos que quero muito até com medo de spoiler.
    Era legal saber das coisas através das revistas, ou então discutir as coisas e ouvir do seu amiguinho “mas eu li na revista TAL isso”… huauhahua… e muitas vezes era mentira, leu nada, nem mostrava a revista e quando vc questionava o pilantra mandava um “ah, foi em outra então”, mas nunca dizia qual era essa outra. Aliás, como haviam mentiras nessa época, muitas que estimulavam muito a nossa imaginação. Hj em dia não vemos mais isso… não sei se acho bom ou ruim.
    Opa, eu tenho neura com Mortal Kombat também, embora goste do II e do novo que saiu! huahuahuahuaha… nada a ver com o assunto, mas vc mencionou e eu quis falar sobre também. Botão de defesa é horrível mesmo.
    Genesis… Genesis… mano… QUEM fala Genesis aqui no Brasil? Poser com certeza. Só perdôo se tiver morado nos EUA na época. “SÉGA DGÊNESIS”… bah!
    Mas sim, era um porre ter que aguentar os especiais sobre jogos/franquias/gêneros que não curtíamos. E na época das febres era pior ainda, certeza.
    NOSSA, propagandas de achocolatados! huahuahuahuahuahua… super “radical”… cara, eu tô me sentindo na infância/adolescência lendo esse post! kkkkk
    Putz, as notícias de jogos que nunca saíram… despertou o sonho e a frustração de muito moleque, certeza! E acredita que eu nunca acompanhei os detonados? Nunca gostei deles, sempre ignorava as páginas da revista dedicadas a um jogo terminado. Só que teve um que me marcou que era o do Alex Kidd in Miracle World. Eu já tinha terminado o jogo, mas acabei vendo pq lembro que tinha um mapa gigante das fases, num poster ou algo do gênero. Não consigo lembrar que revista fez isso e se eu não tô viajando e falando de algum sonho maluco que tive! huahuahuahuahuahu
    Ahhh, olha aí, vc também mencionou os boatos… sabia que o faria! hahahaha
    Cara, eu adorei o texto, mesmo! Ficou muito bom! Pra complementar, e as famosas trocas de jogos que a gente fazia emprestando um jogo pra um amigo e pegando algum dele. Já me dei mal nesse tipo de coisa, acho que todo mundo deve ter tido uma experiência ruim nesse sentido. Mas várias boas também, cartuchos eram caros. Outra opção era trocar os jogos em lojas/locadoras/barraquinhas que faziam isso, tipo as que tinham no bairro da Lapa em SP mesmo (próximo de onde eu morava, não sei se vc frequentava). Putz, foi uma época mágica mesmo, totalmente diferente da atual. E bem melhor que a atual também. Não a toa eu chamo de “Era de Ouro dos Games”, tanto as gerações de 8 e 16 bits. Acho que depois disso começou a decair, mesmo que a geração 32/64 tenha sido bacana também.
    Parabéns pelo texto e desculpe pelo comentário gigante, me empolguei aqui! huahuahuahua
    Abraço

    • Tiago Steel disse:

      Pô Caduco, ta escrevendo outro post aqui nos comentários? Haha, brincadeiras a parte eu adoro um comentário grande, que maneira melhor de mostrar que a pessoa realmente curtiu tudo que a gente escreve se não comentando cada um dos tópicos do post original não é mesmo?

      É eu dei uma zuadinha mesmo na galera que adoro um gráfico, cara…antigamente os video games de um certo modo precisavam avançar nessa área, era o que faltava na indústria desde que o 3D surgiu, uma maneira de melhorar aquilo. Embora eu sempre tenha adorado o 2D e até hoje ainda prefira esse estílo de jogo, eu compreendia a busca pela evolução dos gráficos. Mas para mim, quando chegamos nessa geração em que estamos agora ( e que já está acabando ) o ápice foi alcançado. Os gráficos que temos hoje são bons o suficiente para bem dizer “Parar por aqui”. Achei super desnecessário a evolução para PS4 e Xbox, e pra mim mais se justifica como um motivo para vender mais consoles…
      Não precisa melhorar mais! E malemal melhoraram alguma coisa, eu ví gameplays de alguns jogos da EA do Xbox one, e também aquele novo Killzone do PS4. Nego diz “nossa os efeitos estão melhores mimimi”…alguém repara nisso quando o jogo está rolando? Creio que não…ao menos que sua intenção seja ficar olhando e não jogando. Para mim essa próxima geração PS4 e Xbox one ( Wii U não conta muito já que é o mesmo hardware dessa geração ) é totalmente desnecessária.

      Não me lembro de ter sofrido muito bullying por ser nerd, por que até mesmo antigamente eu era o nerd mas apenas de video games mesmo já que na escola nunca fui CDF e tirava notas ruins pra cacete hahaha!Quanto aos fliperamas, aqui os caras eram mais tranquilos, nunca sofri nenhuma agressão por ir em fliperamas, até por que se isso acontecesse os donos botavam os caras pra fora…mas ainda assim eu era receoso de chegar muito no meio dos caras mais velhos então ficava esperando desocuparem as máquinas ou jogando outros arcades mesmo.

      Já as locadoras cara…passei muito tempo de minha vida jogando nelas E alugando jogos também. Aqui vez ou outra apareciam uns carinhas chatos querendo jogar mas nenhum chegava pegando controle e se juntando de uma vez…a não ser que já fosse conhecido seu. Mas pra alugar jogo era dureza, tinha que ir bem de manhã ou se contentar com alguem jogo mais desconhecido mesmo ainda mais aqui onde moro que é interior ai não costumavam ter mais de um do mesmo jogo…era foda.
      E eu não sou fã de Rei Leão e de praticamente nenhum filme da Disney hahaha, curtia mais os desenhos avulsos tipo Pato Donald e Pateta ( aquele antigão ) mas os filminhos…meh mesmo sendo criança não gostava XD
      E sim eu conheci o dito cujo que trocou o chip do cartucho, inclusive peguei Star Fox do Nintendo 64 com ele a muito tempo atrás…nem sei se era trocado ou não hahaha.

      As revistas eram demais meu velho…eu curtia elas mesmo que não tivesse um video game ainda, na época eram bem mais legais pois tinham ilustrações e coisa e tal. Hoje em dia a maioria é mais focada em ser adulta e dar notícia. Gostava de como as revistas antigas eram mais juvenis…com aquele lance de ter personagens pra fazer os reviews e coisa e tal; era brega…mas legal hahaha. E todo mundo tinha um amigo/conhecido mentiroso né velho? Um amigo meu jogava até mesmo um jogo que você tivesse acabado de inventar o nome hahahahaha!

      Nunca cheguei a trocar meus jogos…no máximo emprestas, na realidade eu tinha bem poucos jogos mesmo e vivia de locações mesmo haha. A tristeza de ser pobre…mas era ao mesmo tempo divertido ir a locadora e levar um game novo pra casa era um sentimento muito legal…tipo uma quest “ir a locadora, CONSEGUIR o jogo que você estava afim e ainda ter que terminar em dois dias” mas era uma época de ouro cara. Juntando os fliperamas, as locadoras, as revistas e os amigos ( da época )…o que mais uma criança poderia querer não é mesmo? Hoje em dia…quer um jogo? Compre pela internet. Quer jogar multiplayer? Jogue via internet. Quer ver uma notícia? Veja na internet. Embora muita gente diga que é o progresso ( e realmente é ) eu acho que o preço que pagamos pela comodidade é muito alto. Lembranças como essas nossas…a garotada de hoje não vai ter. E embora isso não me afete, ainda me deixa triste ver que futuramente não vão poder ter um papo legal como esse nosso podendo lembrar de tudo que aconteceu. Tudo que vão ter de lembrança no futuro será eles na frente do PC, comprando o jogo. Lendo sobre o jogo. E jogando multiplayer sem nem sequer ver o amigo ao lado.

      Os 8-16bits vão sempre ser realmente a era de ouro dos video games, seja pela critividade dos produtores da época ( onde a maioria das séries que gostamos nasceram ) ou pelo conjunto das coisas que tinhamos que fazer para jogar. Tudo contava cara, não tinhamos comodidade mas tinhamos vontade de jogar, de descobrir e de nos informar e faziamos tudo isso sem precisar apenas sentar-se e olhar pra tela. Como o nome do post diz ; Era o melhor dos tempos…

      Outro abraço chapa, volte sempre!

  6. Marcelo_SB disse:

    Fala Tiago blz ? Cara viajei neste seu post. Me lembrei de várias ocasiões de quando era moleque (faz tempo hein? XD) e frequentava os fliperamas da vida. Gastei muito dinheiro em fichas, mas as horas (ou dependendo do game minutos) de jogatina valiam cada centavo. Também me recordei da época das revistas de games. Cara era muito legal chegar na banca e comprar aquela revista e saber como passar aquela fase que vc tinha empacado naquele RPG complicado. É meu amigo são bons tempos que não voltam mais ainda bem que temos o Retrojourney para nos fazer relembrar destes velhos tempos. Ótimo post cara um abraço.

    • Tiago Steel disse:

      Opa Marcelo e ai velho! Haha é eu sabia que você também iria curtir esse post. Acredito que muita gente se identificou com muita coisa de quando era muleque escrita aqui mesmo também. Fliperamas antigamente eram o que tinha de melhor…a única parte ruim era torrar tanta grana em fichas e algumas vezes perder em poucos minutinhos né hahahaha. Quanto as revistas de games tu sabe que muitas deles eu li das suas mesmo né? XD
      Inclusive o que eu citei do Samurai Shodown RPG eu ví em uma revista sua mesmo…mas não me recordo se era Game Power ou alguma outra. Quanto a usar as revistas para passar em RPG, creio que pra muita gente na época isso era útil já que não era todo mundo que sabia ler inglês naquela época então os detonados de jogos como Chrono Trigger eram realmente uma mão na roda pra mulecada mesmo.
      Infelizmente esses tempos não voltam mesmo, tudo que nos resta são as memórias nossas e de nossos amigos que vez ou outra postam textos assim em seus blogs…pena que muitos blogs sobre retrô games estão saindo do ar…
      Valeu velho, fico feliz que tenha curtido o post! Abraço!

  7. Guilherme disse:

    Belo depoimento cara, gosto desse tipo de relato, te faz viajar junto. Site de revista bom tb é o datacassete, com as nossas revistas nacionais.

    • Tiago Steel disse:

      E ai Guilherme tranquilo velho? Pô bem legal saber que tu curtiu o post…eu também sempre gostei desse tipo de relato que escrevi no entanto que fiz o post justamente me lembrando de quando lia um ou outro em algum blog. Foi uma época pela qual eu passei e guardo com carinha na lembrança até hoje então é sempre bom compartilhar essas lembranças com quem gosta do assunto. Realmente enquanto a gente lê as coisas voltam a nossa mente hehehe.

      Pô cara, o datacassete acredita que eu tinha me esquecido completamente desse site? Que bom que tu me lembrou…andei com a cabeça tão cheia de uns tempos pra cá que nem lembrava mais dele, é realmente um ótimo site com um excelente acervo! Valeu por me lembrar!

  8. AnjoMauJr disse:

    Que tempos foram esses para min que comecei jogando no atari pac-man e asteroid no fliperama já se passaram muito tempo. O atari foi a época que mais tinha jogos pois ele eram baratos e encontrava em qualquer loja de eletrônicos, sem contar os cartucho que vinham com combinações que tinham vários jogos em um e você pegava uma folha e ia anotando as combinações para depois não ficar procurando um jogo. Quantos controles de atari eu quebrei jogando decathlon.
    As locadoras, na sexta feira fugia do colégio para passar na locadora e chegar em casa dizendo que tinha faltado professor e liberado mais cedo. Deixei muitas mesadas na locadora.
    Quando vi pela primeira vez uma maquina de fliperama fiquei apaixonado e como não sabia como funcionava as fichas tentei usar uma ficha de orelhão, que mico paguei naquela época. Ganhei muito e perdi muito nos versus, eu era associado no fliperama e tinha até carteirinha para ganhar desconto na fichas. Quanto double dragon e sua cotovelada pra cá e pra lá.
    Ninguém comentou aqui mas tinha um amigo que tinha computador MSX que tinha os jogos em fita cassete e esperávamos um tempão para carregar os jogos.
    Revistas eu tenho mais de 50 guardadas aqui em casa ainda. Era um saco quando você comprava uma revista para depois descobrir que aqueles golpes novos só sairiam na edição seguinte. Quantas revistas comprei só para pegar aquele password das dicas.

    • Tiago Steel disse:

      Olá amigo AnjoMauJr, valeu pelo comentário!
      Legal ver mais gente se identificando com o post, creio que essa época dos arcades foi realmente muito parecida para todos que eram pivetes ou jovens naqueles tempos. Vendo seu comentário eu me dou conta de como a era Atari foi muito boa, embora eu tenha a perdido, só pude experimentar esse video game quando ia a casa de um primo meu onde passávamos muito tempo jogando Centipede hahaha. Mas realmente o Atari foi um bom fenômeno na época.
      As locadoras realmente eram um lugar mágico, embora desse aquele vazio quando o tempo acabava e a gente via que tinha que ir embora sem poder jogar mais daquele jogos que estávamos tão viciados.
      E eu acho que todo garoto quando viu um fliperama pela primeira vez ficou maravilhado…aquelas “coisas” eram verdadeiros dinossauros, a criançada de hoje nunca vai conseguir ter a mesma sensação de quando vimos pela primeira vez um game rodando colorido e vozes saindo daqueles máquinas. E só pra constar também me lembro de algo parecido com esse lance da ficha de orelhão, aconteceu comigo também! Hahaha, outra coisa que hoje em dia a mulecada nunca vai saber…ficha de orelhão. Queria que aqui tivessem esses cartões de desconto também…sempre tive que pagar os 25 centavos das fichas sem desconto haha.
      O MSX é um PC/Console da qual eu infelizmente não vou poder falar aqui, pois nunca tive contato com um, embora conheça alguns jogos dele. Engraçado é que esse lance das fitas cassete e de ter que esperar era algo que na época era um pé no saco provavelmente, mas que hoje traz saudades pela nostalgia. Como são as coisas não?
      E as revistas…eram algo que todo mundo adorava, eu até hoje acho muito mais legal ler notícias nelas do quê pela internet, embora pelos preços e quantidade de páginas não seja algo vantajoso mais hoje em dia. E também a “graça” das revistas meio que se foi…já não vemos mais revistas ensinando golpes pois tem tudo na internet, passwords e “cheats” praticamente nem existem mais nos jogos modernos também. Tudo hoje se resume a notícias que saíram a um mês atrás ja na internet e detonados mastigados para jogos que já são fáceis por natureza. Os tempos mudaram e embora eu continue jogando a “magia” de outrora infelizmente nunca mais voltará.
      Obrigado pelo comentário meu velho e volte sempre!

  9. Muito bom, parabens pelo blog, simplesmente fantastico

  10. emilio disse:

    Cara achei o texto interessante, legal saber como era aquela época… Mas só pra constar até hoje existem locadoras de games. Um game de Ps3/Ps4 podem facilmente passar de 200 reais, e se eu fosse comprar todos os games que já joguei levaria meus pais à falência kkkkkk
    Então o que resta é locar, muita gente faz isso e ainda é uma prática cotidiana rs, não ficou só nos anos 90 0//////

  11. antonio disse:

    saia em Belém, no jornal local, sempre um comentário de algum jogo lançado no caderno de classificados aos domingos, nos anos 80. com dicas e quais video-games o jogo pertencia… é muito raro alguém comentar sobre esse fato, antes mesmo de todas essaas revistas anunciados.

  12. Daniel Lemes disse:

    Pô, tenho que comentar que na parte do “insira a risada do Carlos Alberto de Nóbrega aqui”, os vizinhos do condomínio aqui ao lado começaram a rir como loucos. Tenebroso heuaheauh

    É até chato falar sobre os ‘melhores tempos’ porque os moleques hoje acham que a gente está sendo arrogante, velho saudosista, mas cara…. era melhor mesmo.

  13. Mario disse:

    Ótimo post! Os anos 90 foram realmente ótimos! Principalmente a parte das locadoras e das revistas de videogame. Só alugando na sexta e devolvendo na segunda para conseguir virar (ou zerar, depende do local) Chrono Trigger. E com o detonado da SuperGamePower a tiracolo. Aliàs ainda tenho todas minhas Ação Games, SuperGamePower e algumas Videogame. Esta última teve uma época muito legal onde eles tinham até um personagem e era muito “descolada”! Hoje temos praticamente todos os jogos ao nosso alcance graças aos emuladores, mas não consigo sentir a mesma sensação da época.
    Tempos que não voltam mais!

  14. Fernando disse:

    “Eu por exemplo conheci Demon’s Crest desse jeito…e agradeço muito a quem alugou o jogo que eu iria levar naquele dia antes de mim!”
    Mano, foi exatamente assim cmg também hauhauahauh nem acreditei quando li isso. Foda d+… Bons tempos…

  15. Top, muito top esse post, mano.Me identifiquei muito com o q tu falou sobre o Demon Crest e que os anos 80 e 90 foram sem dúvidas os mais mágicos para quem gostava de video games. Nostalgia a milhão aqui hehe

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